sexta-feira, 8 de junho de 2018

Os Nazarenos e a origem do Cristianismo

























































Os Nazarenos e a origem do Cristianismo

Yeshua, ou algum dos seus discípulos fundaram uma nova religião? O Cristianismo que vemos hoje, é a religião deixada por Jesus? Como podemos compreender na história o que realmente aconteceu? Acompanhe esse estudo, você irá surpreender-se com as referências citadas no mesmo.

Atualmente, muitas pessoas acham que, no primeiro século, todos os discípulos de Yeshua eram chamados de "cristãos", e que estes criaram uma nova religião, chamada de Cristianismo. Ledo engano. Inicialmente, todos os discípulos de Yeshua eram conhecidos como netsarim (nazarenos), conforme o texto de Atos 24:5:







Atos 24:5  Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos [...]

Tanto judeus quanto gentios estavam unidos em um só corpo, alcunhados de netsarim. Somente na cidade de Antioquia é que os discípulos foram chamados de "cristãos" pela primeira vez (Atos 11:26), e isto por volta dos anos 40 a 60 D.C. Enquanto em Antioquia os seguidores do Messias foram apelidados de "cristãos", em todos os outros lugares se manteve o nome original: netsarim (nazarenos).














Em Atos 24:5 e 14, os opositores de Yeshua diziam que os Nazarenos ou do Caminho representavam uma seita do Judaísmo, porém, em verdade, o Judaísmo Nazareno ou do Caminho é a religião bíblica praticada pelos primeiros discípulos de Yeshua. Este judaísmo nada tem que ver com o atual Judaísmo rabínico, que é corolário dos ensinamentos da maioria dos fariseus, estes tão criticados por Yeshua. Importa consignar que os netsarim (nazarenos) formavam mais um dos tantos grupos existentes do Judaísmo do primeiro século, ou seja, não faziam parte do Cristianismo, que somente veio a surgir tempos depois. Confira o escólio do pesquisador e aramaicista Andrew Gabriel Roth: "Netsarim é uma seita dentro da categoria mais ampla do Judaísmo

(Aramaic English New Testament, Netzari Press, 4ª edição, página 380).
















Yeshua não veio para fundar uma nova religião, mas sim para ensinar o Judaísmo de acordo com as Escrituras.


O Cristianismo, oficializado pelo Catolicismo Romano, não representa a religião praticada pelos originais seguidores de Yeshua. Por sua vez, o protestantismo e as atuais denominações evangélicas também não expressam a fé original, visto que seguem inúmeras práticas e dogmas estabelecidos pela Igreja Católica, tais como:


1) A substituição do Shabbat (sábado) pelo domingo;

2) A abolição das festas bíblicas (Levítico 23), substituindo-as pelas festas pagãs (ex: celebração da páscoa em data coincidente com a páscoa católica, e não com a data determinada nas Escrituras; o Natal em 25 de dezembro, cuja origem está no paganismo, ressaltando-se que a Bíblia não indica o dia de nascimento do Salvador; etc);
3) A falsa ideia de que a "Lei foi abolida";
4) A teologia da substituição, que defenda a substituição de Israel pela Igreja nos planos do ETERNO.










Epifânio de Salamina, um dos "Pais" da Igreja Católica que viveu no final do século IV D.C, escreveu uma obra em que criticou os nazarenos. Para Epifânio, os nazarenos seriam hereges. Contudo, sabemos com toda certeza que os primeiros discípulos de Yeshua não foram ímpios, mas sim homens tementes ao ETERNO. Eis o relato de Epifânio:


"Os nazarenos não diferem essencialmente dos outros [referindo-se aos judeus ortodoxos], pois praticam os mesmos costumes e as mesmas doutrinas prescritas pela Lei judaica [a Torá], com a diferença que eles [os nazarenos] creem no Messias [Yeshua]. Eles [os nazarenos] creem na ressurreição dos mortos e que o universo foi criado por Deus. Eles afirmam que Deus é um, e que Jesus Cristo [Yeshua O Messias] é Seu Filho. Eles [os nazarenos] são bem versados na língua hebraica. Leem a Lei [referindo-se à Lei de Moisés]... Eles são diferentes dos judeus e diferentes dos cristãos, apenas no seguinte: eles discordam dos judeus porque chegaram à fé no Messias; mas são distintos dos verdadeiros cristãos porque praticam os ritos judaicos da circuncisão, a guarda do sábado, e outros." (En Contra de las Herejías, Panarion 29, 7).



















Marcel Simon, especialista em História do Cristianismo no primeiro século, tece as seguintes considerações a respeito das declarações de Epifânio:



"Eles [referindo-se aos nazarenos] se caracterizam essencialmente por seu forte apego aos costumes judaicos. Se eles são hereges na opinião da Mãe Igreja [Católica], é apenas porque continuam apegados a ideias antigas. Eles [os nazarenos] representam, embora Epifânio categoricamente não admita, os verdadeiros e diretos descendentes da comunidade primitiva [dos apóstolos], a qual nosso autor [Epifânio] sabe muito bem que foi chamada com o mesmo nome dos Nazarenos." (Judeo-cristianismo, pg. 47-48).






















Constantino


"Constantino trabalhou incansavelmente naquele momento para unir os adoradores da velha e da nova fé em uma religião. Todas as suas leis e artifícios objetivavam promover essa união de religiões. Ele iria por todos os meios pacíficos e legais fundir um paganismo purificado [recatado] e um cristianismo moderado [flexível]. [...] De todas as suas simultâneas associações e uniões do cristianismo e paganismo, nenhuma é mais facilmente percebida do que a criação de sua lei dominical. 'Os cristãos adoravam seu Cristo, os pagãos seu deus-Sol; e de acordo com o julgamento do imperador, os objetos de adoração em ambas as religiões eram essencialmente os mesmos'."

 (HEGGTVEIT, H. G.; BOTHNE, T. J. (1898). Kirkehistorie, Chigago, US-IL: Knut Taflas Forlag, p. 233-234; (Hallvard Gunleikson Heggtveit foi professor e historiador da Igreja da Noruega). Too in: EDWARDSON, C. (2001). Facts of Faith: analyzing the fundamental doctrines of the Holy Scriptures, Ringgold, US-GA: TEACH Services, Inc., p. 109).






















Santo Inácio de Antioquia


[...] Portanto, não precisamos mais manter o sábado, como fazem os judeus, ou alegrar-se pelos dias de ociosidade, pois “aquele que não trabalha, não deve comer”. Também foi dito pelos [santos] oráculos: “É pelo suor da tua face que comerás o teu pão”. Mas deixe todo aquele entre vós que ainda mantém o sábado por motivo espiritual, alegrando-se na meditação da Lei e não no descanso do corpo, admirando a obra de Deus e não comendo coisas preparadas no dia anterior, não fazendo uso de bebidas mornas ou andando um certo limite prescrito, não deleitando-se por dançar e aplaudir, e outras coisas sem sentido. Porém, após a observância do sábado, deve todo amigo de Cristo observar o Dia do Senhor como festa, o dia da ressurreição, a rainha e comandante de todos os dias [da semana]. Foi sobre isto que o profeta declarou: “Para encerrar, o oitavo dia”. [Foi nesse dia] que a nossa vida renasceu e a vitória sobre a morte foi obtida em Cristo [...] (Santo Inácio de Antioquia, 35-110 d.C, Epístola aos Magnésios)












João Crisóstomo

"Os Judeus não adoram a Deus, mas a demônios. Portanto, todas as suas festas são impuras (...) A sinagoga é pior do que um bordel (...) Templo de demônios devotos a cultos idólatras (...) Assembleia criminal de Judeus (...) Um lugar de encontro para os assassinos de Cristo, uma casa pior do que uma loja de beberrões, um covil de ladrões, uma casa de má fama, uma habitação de iniquidade, o refúgio de demônios, um abismo de perdição. Quanto a mim, eu odeio a sinagoga... Eu odeio os Judeus, pelo mesmo motivo." (João Crisóstomo (349-407 d.C) - homilias contra os judeus)






















Justino Mártir


Porque a circuncisão, que se iniciou com Abraão, foi dada como sinal, a fim de que sejais distinguidos dos outros homens e de nós cristãos. E, desse modo, sofrais sozinhos o que agora estais sofrendo com justiça, e vossas terras fiquem desertas, vossas cidades sejam abrasadas e os estrangeiros comam vossos frutos diante de vós, e ninguém de vós possa entrar em Jerusalém. Porque não há nenhum outro sinal que vos distinga do resto dos homens, além da circuncisão da vossa carne. E ninguém de vós, penso, ousará dizer que Deus não previu ou que não prevê, agora, o que está para vir e que não dá a cada um o que merece. (ABRAÃO E O VERUS ISRAEL ENTRE PAULO E JUSTINO, p. 93-115 97 Juan Pablo Sena Pera)



















Santo Agostinho

"Porém, todos estes preceitos e ordens legais, que já não é lícito aos cristãos observar, tais como a circuncisão, o sábado, os sacrifícios e outros idênticos, contêm mistérios tão imensos, que não há pessoa piedosa que desconheça os males que se seguem ao tomar em sentido literal do que ali é exposto, nem os ótimos frutos que resultam se são entendido tal e qual são revelados ao espírito. Por isso, diz São Paulo: 'letra mata, porém o espírito dá vida'; e naquela outra passagem: 'O mesmo véu continua sobre a lição da Antiga Aliança, sem perceber que apenas por Cristo foi removido'. Não é que Cristo remova o Antigo Testamento, mas que o revela, para que por intermédio de Cristo se torne intelegível e patente o que sem Ele permaneceria nas trevas e fechado" (Santo Agostinho, De Utilitate Credenci 3,9; Obras Completas de Santo Agostinho, Tomo 4. Madri: Biblioteca de Autores Cristãos, 1956, p. 843).























João Calvino


"A teimosia podre e inflexível dos judeus faz com que os judeus mereçam ser oprimidos infinitamente, sem medida e sem fim, e que eles morram na própria miséria sem piedade de ninguém". (João Calvino - Resposta a questões e objeções de um certo Judeu)




























Martinho Lutero


"Em primeiro lugar suas sinagogas devem ser incendiadas, e tudo o que não queima deve ser coberto ou com sujeira espalhada de forma que ninguém nunca mais seja capaz de ver uma cinza ou pedra dela. E isso deve ser feito para a glória de Deus e do cristianismo para que Deus possa ver que nós somos cristãos, e que não temos tolerado ou aprovado publicamente em suas mentiras, praguejando e blasfemando do Filho e dos cristãos de Deus. Em segundo lugar, suas casas devem igualmente ser quebradas e destruídas. Para que eles não cometam lá as mesmas coisas que fazem nas suas sinagogas. Por esta razão, eles devem ser colocados sob um mesmo teto ou num estábulo, como ciganos, para que possam perceber que não são mestres em nossa terra, mas prisioneiros miseráveis, se queixando diante de Deus com amargo pranto". (Martinho Lutero - Os Judeus e suas Mentiras – 1543)















Conclusão


Romanos 11:1 Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim
Romanos 11:2  Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu [...]

Romanos 11:26 E assim todo o Israel será salvo (12 Tribos), como está escrito: "Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade.
Romanos 11:27 E esta é a minha aliança com eles quando eu remover os seus pecados".
Romanos 11:28 Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de vocês; mas quanto à eleição, são amados por causa dos patriarcas, 
Romanos 11:29 pois os dons e o chamado de Deus são IRREVOGÁVEIS



































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